SGB estima investimentos arrecadação de R$ 3,9 bilhões em rios e aquíferos
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) divulgou a 4ª edição do Balanço Social em que os investimentos relacionados aos recursos hídricos superficiais (rios) e subterrâneos (aquíferos) foram superiores a R$ 3,9 bilhões em 2024. Para ampliar o conhecimento sobre recursos hídricos superficiais e apoiar a gestão das águas, o SGB atua no planejamento e na operação da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN) – abrangendo instalação, manutenção e funcionamento das estações fluviométricas e pluviométricas de monitoramento do Brasil.
Com a operação da RHN em 2024, o lucro social total obtido foi de R$ 2,5 bilhões. O valor é baseado na Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH) e o valor econômico, social e ambiental da água, conforme a Lei nº 9.433/97, a chamada Lei das Águas. Os dados produzidos pela RHN são fundamentais para a estratégia e para o desenvolvimento econômico nacional e eles são usados também como base para o controle dos recursos hídricos, planejamento e implantação da infraestrutura nacional. Outra importante função do monitoramento é a utilização das informações obtidas para compreender melhor o comportamento da água e do clima em todas as regiões do Brasil, o que dá subsídio, inclusive, à emissão de alertas de eventos hidrológicos extremos.
As ações desenvolvidas pelo SGB na área de hidrogeologia incluem a Cartografia Hidrogeológica, o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (Siagas) e a Rede Integrada de Monitoramento das Águas Subterrâneas (Rimas), além de estudos integrados voltados principalmente para a gestão. A Cartografia Hidrogeológica é essencial como suporte aos estudos dos recursos hídricos subterrâneos, contribuindo para a exploração, proteção e gestão dos recursos hídricos subterrâneos. A Cartografia tem escala variada desde locais (escalas entre 1:25.000 a 1:150.000), regionais (escalas entre 1:200.00 a 1:600.000) à escala nacional ou continental (1:1.000.000 a 1:5.000.000).
Já o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (Siagas) constitui base de dados constantemente atualizada que abrange o armazenamento, consistência, intercâmbio e difusão de informações sobre águas subterrâneas. As informações são registradas e colaboram para a gestão dos recursos hídricos; para o planejamento do uso da água subterrânea, na locação e construção de poços tubulares e na pesquisa e estudos hidrogeológicos, atuando como uma ferramenta de decisão. Atualmente, estão cadastrados cerca de 389 mil pontos de água na base de dados Siagas, enquanto a Rede Integrada de Monitoramento das Águas Subterrâneas (Rimas) engloba um conjunto de poços implantados nos principais aquíferos sedimentares do Brasil que registram continuamente as variações de nível d’água e periodicamente, de aspectos hidroquímicos. As séries temporais dos dados monitorados promovem a avaliação quantitativa e qualitativa dos corpos de água subterrânea, servindo como uma ferramenta diagnóstica preventiva e preditiva, e possibilitando ainda as estimativas das disponibilidades hídricas subterrâneas. Abrange 504 poços tubulares dedicados, instalados em 24 aquíferos.
O SGB também analisa in loco todas as águas minerais comercializadas no Brasil, trabalho realizado pelo Laboratório de Análises Minerais (Lamin). Em 2024, foram realizados 658 estudos in loco em 251 municípios brasileiros. O resultado foi um lucro social de R$ 19,6 milhões, retornando para a sociedade em forma de projetos de melhoria da infraestrutura, da qualidade ambiental, da saúde e da educação em todo o País. “Nosso papel é apoiar o Brasil com ciência de qualidade - e estamos prontos para colaborar com estados e municípios em todo o Brasil”, destaca a diretora de Infraestrutura Geocientífica do SGB, Sabrina Góis.