Sabesp investe R$ 2,4 bilhões em obras até 2026 visando segurança hídrica
A Sabesp está investindo R$ 2,4 bilhões até 2026 em obras para garantir mais água aos moradores atendidos pela companhia no Estado de São Paulo. Entre as medidas entregues estão 1.220 litros de água por segundo a mais, vazão suficiente para beneficiar mais de 350 mil pessoas. Os investimentos estão sendo realizados nas mais de 370 cidades operadas pela empresa no Estado e entre as obras entregues estão novas Estações de Tratamento de Água (ETA), assim como a modernização e ampliação de outras existentes, integração de sistemas e novas captações, barragens e reservatórios. São iniciativas que aumentam a oferta de água para a população, o comércio e a indústria. “Atuamos em áreas com baixa disponibilidade hídrica natural, altamente urbanizadas e densamente povoadas, como a Região Metropolitana de São Paulo, com quase 22 milhões de habitantes. Enfrentamos atualmente uma situação climática e meteorológica. Vivemos o pior ciclo de chuva dos últimos dez anos e, graças à resiliência hídrica obtida com a robustez dos nossos sistemas e das obras que foram feitas nos últimos dez anos, pudemos otimizar a captação de água”, afirma Débora Pierini Longo, diretora de Operação e Manutenção da Sabesp. “Para garantir água para todos da RMSP, fazemos uma gestão eficiente dos recursos com integração dos sistemas e monitoramento dos mananciais diariamente”, completa.
Na RMSP, uma das principais iniciativas é a interligação do braço do Rio Pequeno ao Sistema Alto Tietê, em substituição à obra provisória feita durante a crise hídrica de 2014-2015, com acréscimo de 4 mil litros de água bruta por segundo e investimento de R$ 500 milhões, com entrega em 2026. A medida vai permitir bombear água do Rio Pequeno, um manancial que fica no ABC, até a represa Taiaçupeba, em Suzano, que faz parte do Sistema Alto Tietê. Essa união entre dois sistemas ajuda a transferir água de um manancial que esteja com nível mais baixo para o outro. É uma intervenção estratégica para a operação do abastecimento da capital e Grande São Paulo.
Outro projeto é a revitalização do sistema Baixo Cotia, com acréscimo de 1.000 litros de água tratada por segundo, num investimento de R$ 645 milhões e entrega prevista em 2026. Aqui, trata-se de aumento na produção de água potável para o abastecimento da população, especialmente para os municípios da região oeste da Grande SP, como Carapicuíba e Barueri. Uma das entregas mais significativas é o aproveitamento das águas da bacia do Rio Itapanhaú, obra que permitirá levar 300 litros por segundo do ribeirão Sertãozinho, um formador do Itapanhaú, para o reservatório Biritiba, que faz parte do Sistema Alto Tietê. Assim, a Sabesp pode captar água que iria para Bertioga e bombear em direção a Biritiba-Mirim - é “água nova” para aumentar o nível do Alto Tietê, que não estava disponível antes. Para ter uma ideia, uma parte da obra passa ao lado da rodovia Mogi-Bertioga, no caminho para a Riviera de São Lourenço.
Atualmente, está em fase de instalação a rede elétrica de alta tensão que vai alimentar as grandes bombas dessa transferência, o que permitirá enviar até 2.000 litros por segundo. A iniciativa teve o investimento de R$ 220 milhões e conclusão prevista para 2026. Os investimentos incluem ainda novas Estações de Tratamento de Água em Boituva, Ibiúna, Praia Grande e Tatuí; a adutora Santos-Guarujá, por baixo do canal do Porto; novas fontes de água (captações) em Campo Limpo Paulista, Charqueada, Itupeva, Tremembé, Várzea Paulista; reservatórios em Guarujá, Registro, São José dos Campos e Taubaté; ampliação nos sistemas de tratamento (fábricas de água) em Itupeva, São José dos Campos, São Roque e Ubatuba; e novas barragens em Charqueada e Itupeva.
Há cerca de um mês, a Sabesp implementou a redução da pressão noturna na RMSP para atender à deliberação da Arsesp (agência reguladora do serviço de saneamento no Estado), o que trouxe uma economia de 13,31 bilhões de litros de água em um mês - volume equivalente à capacidade do Sistema Rio Claro. A economia seria o suficiente para abastecer, por um mês inteiro, as cidades de São Bernardo, Diadema e parte de Santo André, no ABC paulista. A redução da pressão no período noturno faz parte do trabalho integrado entre Sabesp, Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo), SP Águas e o Governo do Estado de São Paulo para preservar o nível dos mananciais.