Águas Cuiabá retira mais de 1 tonelada de resíduos de EEEs
A Águas Cuiabá tem identificado o aumento da chegada de materiais indevidos nas Estações Elevatória de Esgoto (EEEs) da capital do Mato Grosso, o que prejudica o funcionamento do sistema e compromete o processo de tratamento. Em outubro, as equipes da concessionária retiraram mais de 1 tonelada de materiais indevidos das EEEs, estruturas responsáveis por conduzir o esgoto até a estação de tratamento, com destaque para as elevatórias das regiões centrais como Mãe Bonifácia (90 kg), Duque de Caxias (86 kg), Prainha (90 kg), Barbado (85 kg) e Renascer (67 kg). Entre os resíduos mais encontrados estão restos de jardinagem, panos, papel higiênico, cotonetes, plásticos e areia, todos incompatíveis com o esgoto doméstico.
Durante o período de chuvas, o descarte incorreto é maior. “Grande parte das ocorrências operacionais que enfrentamos está ligada a materiais que não deveriam chegar às estações de tratamento. Esses resíduos comprometem o transporte do esgoto, obstruem tubulações e aumentam o risco de extravasamentos”, explica Bruna Assis, coordenadora de tratamento de esgoto da Águas Cuiabá. “Com a chegada do período chuvoso, esses impactos se intensificam. Além do descarte incorreto, as interligações erradas entre os sistemas de drenagem e de esgoto, quando a água da chuva é direcionada para a rede coletora ou o esgoto é lançado na drenagem, agravam ainda mais a situação. Pequenas atitudes fazem uma grande diferença para o bom funcionamento da rede e para a preservação do meio ambiente”, complementa.
A Águas Cuiabá indica que o óleo de cozinha usado seja armazenado em garrafas plásticas e encaminhado à pontos de coleta ou cooperativas, enquanto resíduos sólidos sejam destinados ao lixo comum. De acordo com o levantamento da empresa, a região sul da cidade concentra um volume expressivo de descarte de óleo e lubrificantes na rede coletora. O fato está relacionado à presença de indústrias e oficinas mecânicas na área. Esse tipo de resíduo, quando lançado indevidamente, forma uma camada de gordura que reduz a vazão das tubulações, impacta o transporte do esgoto e dificulta o tratamento nas estações.
A concessionária reforça que o sistema de esgotamento sanitário é preparado exclusivamente para receber efluentes domésticos, como os provenientes de banheiros, pias e lavanderias residenciais. Já o esgoto industrial possui características químicas diferentes e deve ser tratado por meio de processos específicos, sob responsabilidade das próprias empresas.