BNDES aprova R$ 432 milhões para a LOGA gerir recursos sólidos
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou o maior financiamento da história da instituição para a gestão de recursos sólidos. São R$ 432 milhões destinados à Logística Ambiental de São Paulo S.A. (LOGA), do Grupo Solví, empresa que investe na coleta, transporte, tratamento e destinação final de resíduos sólidos domiciliares, de serviços de saúde e universalização da coleta seletiva beneficiando sete milhões de pessoas na cidade de São Paulo (SP).
Os recursos são oriundos do Fundo Clima (R$ 126 milhões) e do Finem (R$ 126 milhões), além da primeira operação de Eco Invest do BNDES, no valor de R$ 180 milhões, divididos em uma tranche de R$ 30 milhões por meio de um contrato de financiamento e uma emissão de debêntures incentivadas, sob coordenação do BNDES, no valor de R$ 150 milhões.
A Loga realizará pelos próximos 19 anos a coleta diária de seis mil toneladas de resíduos provenientes de 2,1 milhões de domicílios, hospitais e clínicas, atendendo à população no Noroeste de São Paulo, área da concessão. A empresa faz a coleta mensal seletiva de 3,1 mil toneladas de materiais que podem ser reutilizados ou reciclados (plásticos, metais etc.). Com o financiamento, a LOGA implantará a Unidade de Transbordo Jaguaré (para transferência de resíduos, com capacidade logística de 1.000 toneladas/dia); modernizará a Unidade de Transbordo Ponte Pequena (implantação de linha de separação de vidros e retrofit na Central Mecanizada de Triagem) e vai adquirir contêineres e caçambas coletoras para coleta de lixo, além de ampliar a garagem de veículos e implantar a Fazenda Solar (2,5 MW).
A empresa também vai adquirir 84 caminhões movidos a biometano (desenvolvidos e adaptados pela Scania). O Grupo Solvi é produtor de biometano, com dois financiamentos que totalizam R$ 200 milhões. “O maior projeto do BNDES de financiamento para gestão de resíduos sólidos urbanos vai beneficiar 7 milhões de pessoas e colocar em uso quase uma centena de caminhões movidos a biometano, aprofundando a lógica da economia circular e contribuindo com a descarbonização a partir de recursos do Eco Invest, programa do governo do presidente Lula voltado para a bioeconomia e indústria verde”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
