B4 comemora dois anos com R$ 1 bilhão de vendas projetadas
Primeira Bolsa de Ação Climática do Brasil, a B4 completou dois anos de atuação com 533 projetos submetidos para listagem, dos quais 202 estão em desenvolvimento. Os números são do Relógio de Ação Climática B4 e atualmente a plataforma contabiliza 44 projetos em processo de listagem, 11 aprovados e sete já listados. O volume de créditos em análise chega a 146,695 milhões de toneladas de CO₂, enquanto 12,762 milhões de toneladas já foram listadas. O avanço também é territorial, com mais de 3,356 milhões de hectares estão sob monitoramento. “Os resultados estão dentro do que a gente planejou. Batemos a meta de movimentar 12 milhões de toneladas em créditos de carbono e superamos o objetivo de listar um projeto a cada três meses em 2025. Até 2030, queremos listar aproximadamente 300 milhões de créditos”, diz Odair Rodrigues, CEO e fundador da B4. Desde sua criação, a instituição vem atuando como referência em transparência e rastreabilidade para projetos de sustentabilidade, com tecnologia blockchain e métricas que acompanham não apenas emissões compensadas, mas também hectares preservados.
A B4 negocia cada tonelada de crédito de carbono ao preço médio de R$ 98. Para Rodrigues, ter R$ 1,1 bilhão em créditos projetados para negociação em apenas dois anos mostra a importância desse mercado e sua potência. “Até agora, o mercado não tinha velocidade e os títulos circulavam em papeis lentamente. Com a automatização e o aumento da segurança nas transações, a possibilidade de gerar receita é muito mais alta, tanto para o originador do crédito quanto para quem está comprando”.
O cenário regulatório e ambiental no Brasil também contribuiu para essa expansão, uma vez que a recente criação dos Títulos de Finanças Florestais (TFFs) abriu novas possibilidades para captação de recursos privados voltados à conservação. Ao mesmo tempo, as mudanças na Lei do Licenciamento Ambiental destravaram discussões sobre projetos estratégicos, enquanto a aproximação da COP30 em Belém acelera compromissos climáticos e atrai atenção internacional para o protagonismo brasileiro.
Outro marco para a instituição foi a adequação ao Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), regulamentado pela Lei nº 15.042/2024. A conformidade com o modelo regulado fortalece a credibilidade da B4 tanto no mercado nacional quanto no internacional, posicionando a Bolsa como aliada estratégica para empresas em transição para a economia de baixo carbono. A b4 projeta um futuro com avanços em três frentes principais: internacionalização do modelo brasileiro de Bolsa de Ação Climática, expansão tecnológica com soluções digitais acessíveis para empresas de todos os portes e o fortalecimento do ecossistema nacional até a COP30, conectando originadores, compensadores e investidores.