Publicadas diretrizes para reuso de água em diferentes contextos

07/07/2025
Atualmente, apenas oito estados brasileiros possuem normas específicas para reuso de água.

O Instituto Reúso de Água publicou em maio diretrizes técnico-científicas para reuso de águas residuárias em diferentes contextos, com foco na qualidade sanitária para usos potáveis e não potáveis. Apesar da medida, a regulação federal continua fragmentada, uma vez que a Resolução CONAMA 503/2021 trata apenas da fertirrigação industrial, enquanto as resoluções CNRH 54/2005 e 121/2010 estabelecem diretrizes gerais, mas sem padrões sanitários definidos. Atualmente, apenas oito estados brasileiros possuem normas específicas para reuso de água.

Em maio, o PLANSAB lançou o Caderno Temático “Economia Circular no Saneamento” que reúne casos de sucesso de operadoras como Sabesp, Cagece, BRK e Iguá Saneamento com iniciativas que vão desde o reaproveitamento de lodo e a geração de biogás e biometano até ações de redução de perdas e uso eficiente dos recursos. O documento também apresenta o framework WICER, criado pelo Banco Mundial, que propõe indicadores específicos para medir e orientar a circularidade no setor. “Esses avanços regulatórios e metodológicos estão criando um ambiente propício para que empreendimentos em saneamento encontrem novas fontes de receita, reduzam custos e se tornem mais resilientes", avalia Flávia Pedrotti, sócia consultora da Vizca Engenharia e Consultoria e mestre em gestão e regulação de recursos hídricos. "Estamos observando o uso cada vez mais estratégico de resíduos para geração de biogás e biometano, o reúso da água em processos industriais e agrícolas e a busca por maior eficiência em todo o sistema, com benefícios ambientais e econômicos relevantes."