Plataforma combina responsabilidade moral, economia e equidade

06/11/2025
Por meio da plataforma (fairclimate.earth), a sociedade terá acesso aos detalhes da proposta, que vem em parte como resposta à carta escrita pelo embaixador André Corrêa do Lago e presidente designado da COP30.

No dia 7 de novembro de 2025, os economistas Esther Duflo e Abhijit Banerjee (MIT, Prêmio Nobel de Economia 2019, co-fundadores do J-PAL) em parceria com Michael Greenstone (Universidade de Chicago) lançam uma plataforma on-line que disponibiliza ao público sua proposta “Economia Justa: uma proposta para um grande acordo climático global”. A iniciativa apresenta um novo modelo global para enfrentar a crise climática, que combina responsabilidade moral, rigor econômico e equidade, com foco especial em fortalecer ações de adaptação lideradas localmente e em proteger as populações mais vulneráveis.

Por meio da plataforma (fairclimate.earth), a sociedade terá acesso aos detalhes da proposta, que vem em parte como resposta à carta escrita pelo embaixador André Corrêa do Lago e presidente designado da COP30, divulgada no dia 23 de outubro. Durante a conferência, a proposta será apresentada pessoalmente e, em detalhes por Duflo, na manhã do dia 11 de novembro, e para o público geral gratuitamente em São Paulo no Sesc Bom Retiro no dia 13 de novembro. Por meio da plataforma, o público terá acesso ao conteúdo completo da proposta e a um vídeo explicando os principais tópicos levantados. Com linguagem clara, gráficos e dados, o material aproxima teoria e prática ao mostrar como políticas climáticas podem proteger vidas, reduzir desigualdades e orientar investimentos públicos e privados com eficiência.

Os autores pretendem inspirar governos, instituições multilaterais, academia, setor privado, mídias e sociedade a considerar novas formas de financiar o futuro, bem como oferecer uma ferramenta para que possam acompanhar, ao longo dos próximos meses, os desdobramentos dessa agenda. Além disso, os elaboradores da plataforma defendem que qualquer pacto climático duradouro precisa equilibrar eficácia econômica e responsabilidade ética, colocando no centro a proteção das populações mais vulneráveis e o fortalecimento das capacidades locais para responder a eventos climáticos extremos.

A proposta propõe ainda um acordo global por meio do qual países com maior responsabilidade histórica e maior capacidade econômica contribuam proporcionalmente mais para viabilizar essa transição, enquanto famílias vulneráveis recebem compensações diretas pelos custos do processo. A proposta é criar um sistema financeiramente viável, politicamente sustentável e socialmente equilibrado, capaz de mobilizar recursos em escala e, ao mesmo tempo, respeitar a autonomia de quem vive os impactos do clima no dia a dia. A vinda da cofundadora do J-PAL ao Brasil e a divulgação do material reforçam o papel estratégico do país no debate climático contemporâneo, ocupando posição central nas discussões sobre adaptação, desenvolvimento inclusivo e justiça climática.