Maiores perdas estão concentradas no Norte e Nordeste

08/12/2025
Um estudo do Instituto Trata Brasil entre os 100 municípios mais populosos do Brasil em 2023 mostrou que 14 apresentaram perdas na distribuição superiores a 50%.

Segundo dados do SINISA 2023, 40,3% da água produzida é perdida antes mesmo de alcançar as residências, um desperdício que impacta diretamente a segurança hídrica e o meio ambiente. Um estudo do Instituto Trata Brasil entre os 100 municípios mais populosos do Brasil em 2023 mostrou que 14 apresentaram perdas na distribuição superiores a 50%. Esse dado revela um grande potencial de redução de perdas de água em diversas localidades.

Os municípios com piores resultados estão localizados nas regiões Norte e Nordeste, com destaque para as capitais Belém (61,91%), Rio Branco (56,06%), Maceió (71,73%), Macapá (53,51%) e Salvador (54,47%). Outra capital, Cuiabá (MT), da região Centro-Oeste, desperdiça 55,49% da água potável. Dos 100 municípios analisados, apenas 21 possuem perdas inferiores a 25%, enquanto 14 apresentam valores superiores a 50%. Essa heterogeneidade no desempenho operacional dos sistemas indica um amplo e urgente potencial de redução de perdas de água em parte significativa do território nacional. Caso as cidades consigam reduzir essas perdas de água, haveria maior disponibilidade de recurso hídrico para a população sem a necessidade de captação de água em novos mananciais. Para tanto, o Brasil estabeleceu, pela Portaria 490/2021 do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), a meta de ter, até 2034, no máximo 25% de perdas na distribuição e 216 litros por ligação por dia.