COP30 termina com metas ampliadas e COP31 será na Turquia
A COP30 terminou em Belém com resultados simbólicos e avanços importantes para a agenda climática global. Segundo a CEO da conferência, Ana Toni, o número de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) saltou de 94 para 122 países, fortalecendo o compromisso internacional de manter o aquecimento global em 1,5 °C.
No encerramento, foi aprovada a chamada “Pacote de Belém”, composto por 29 textos por consenso entre 129 países, que abordam temas como adaptação ao clima, mitigação, financiamento e transição energética. Um destaque entre os pontos firmados foi a criação de indicadores globais inéditos para adaptação, que permitirão medir de forma mais clara vulnerabilidades climáticas e a evolução das políticas de resiliência.
Apesar do término oficial da conferência, o Brasil manterá a presidência da COP por mais 11 meses, período em que conduzirá a elaboração de um “mapa do caminho” para acelerar a transição dos combustíveis fósseis. O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, afirmou que pretende convidar grandes entidades energéticas mundiais para construir um documento técnico neutro, equilibrado e baseado em dados para orientar a nova economia de baixo carbono.
Por fim, a próxima edição da cúpula foi oficializada: a Turquia será a sede da COP31, em parceria com a Austrália. A decisão marca uma continuidade do esforço multilateral para enfrentar as mudanças climáticas, ainda que persistam desafios, como a falta de metas vinculantes mais ambiciosas para os combustíveis fósseis.