CNI quer liderar transição para baixo carbono
A abertura oficial do estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesse dia 11 de novembro na Blue Zone da COP30, em Belém, foi marcada por um chamado à ação. O evento simbolizou o compromisso da indústria brasileira em liderar a transição para uma economia de baixo carbono, com desenvolvimento, inovação e oportunidades especialmente para as regiões que mais precisam. O presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou que a transição climática deve ser também uma agenda de prosperidade e qualidade de vida. Ele defendeu que o crescimento econômico é o caminho mais justo e viável para melhorar as condições sociais e dar esperança às pessoas. “Não podemos desperdiçar a oportunidade que está sendo dada a regiões tão necessitadas como a faixa equatorial”, afirmou. “Isso é o que nos norteia. Essa é a nova indústria que nós queremos, esse é o novo Brasil que nós queremos, esse é o novo mundo que nós queremos”.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Alex Carvalho, reforçou que a ação climática deve integrar dimensões ambientais, sociais e econômicas. Para ele, o país precisa aproveitar o potencial da bioeconomia amazônica e transformá-lo em escala e impacto. “Não podemos tratar única e exclusivamente da conservação ambiental sem entender as responsabilidades e os desafios sociais”, disse. “Com infraestrutura e logística adequadas, teremos condições de trazer escalabilidade a esses produtos da biodiversidade”. “Não existe mais espaço para colonialismo ou segregação. Está diante de nós a oportunidade de abrir uma janela para um novo Brasil”.
O chair da SB COP, Ricardo Mussa, comentou que o setor privado precisa dar um passo adiante. Para ele, a Sustainable Business COP (SB COP), lançada pela CNI e que conseguiu a marca de 40 milhões de empresas de mais de 60 países, mostra o potencial da indústria. No entanto, é hora de transformar ambição em resultados concretos. “Essa iniciativa mostra a capacidade do setor privado e agora precisamos levá-la para outro patamar”, afirmou. “Daqui a alguns anos, vamos olhar para esse trabalho e ver que ele fez a diferença”.
O chamado à ação foi reforçado por Dan Ioschpe, Campeão de Alto Nível do Clima da COP30, que destacou que enfrentar a mudança do clima é também uma oportunidade de crescimento. “A boa notícia é que agir contra a mudança de clima é, ao mesmo tempo, uma oportunidade de crescimento e um caminho essencial para impulsionar o desenvolvimento socioeconômico”, afirmou. “Meu convite a todos é para continuar engajados na agenda de ação, contribuir com sua expertise e ajudar a transformar ambição em implementação”. A presença da CNI na COP30 reforça o protagonismo da indústria brasileira na agenda climática global. Ao longo da conferência, o estande da instituição será palco de debates, parcerias e lançamentos que mostram como o setor produtivo já está atuando para acelerar a descarbonização da economia.
Roraima levou à COP30 a presidente da Federação das Indústrias de Roraima (FIER) e da Ação Pró-Amazônia, Izabel Itikawa, que lançou na abertura do estande da CNI a Agenda Prioritária da Ação Pró-Amazônia, documento que reúne as principais propostas da Amazônia Legal para o desenvolvimento sustentável da região. Administradora e roraimense, Izabel tem defendido o fortalecimento da indústria local com base em tecnologia e inovação. Para ela, a realização da COP30 na Amazônia é uma oportunidade histórica para mostrar ao mundo os desafios, as potencialidades e a capacidade de transformação da região.