Brasil defende pacto internacional para frear crise ambiental
A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, lançou um alerta contundente sobre a existência de “pontos de não-retorno” no contexto climático e político global, durante pronunciamento recente para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30). Segundo ela, a urgência não é apenas ambiental, mas também ética e civilizatória: sem uma ação coletiva e eficaz, haverá consequências irreversíveis não só para os ecossistemas, mas para a própria governança internacional.
Para Marina Silva, o Brasil assume compromissos claros, entre eles a meta de desmatamento zero até 2050, o que se evidencia em quedas recentes no corte de florestas em unidades de conservação (redução de 31% em relação a 2024 e de 72% em relação a 2022). Ela defende que tais avanços precisam ocorrer em sintonia com a comunidade internacional — “fortalecer o multilateralismo climático” é condição essencial para evitar que as crises ambientais ameacem a estabilidade geopolítica.
Ao mesmo tempo, a ministra apontou que as nações menos desenvolvidas dependem de recursos financeiros e de estruturas de cooperação para avançarem em suas transições sustentáveis. Sem esse apoio, o risco é que essas regiões fiquem desamparadas e, com isso, toda a arquitetura de mitigação e adaptação global se fragilize.