São Paulo ultrapassa marca de 5,8GW de potência instalada

02/08/2025
Atualmente são mais de 857 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica.

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o estado de São Paulo ultrapassou 5,8 GW de potência instalada em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. O estado possui mais de 600 mil conexões operacionais, espalhadas por 645 municípios, ou 100% dos municípios paulistas. Atualmente são mais de 857 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica.

Desde 2012, a geração própria solar já proporcionou à São Paulo a atração de R$ 26,4 bilhões em investimentos, geração de mais de 174 mil empregos e a arrecadação de R$ 8 bilhões aos cofres públicos. Para expandir cada vez mais o uso da fonte mais limpa de energia a ABSOLAR recomenda a criação e ampliação de programas, políticas e incentivos locais para o avanço da energia solar, incluindo, por exemplo, a inclusão da tecnologia fotovoltaica nos prédios públicos em geral, nas casas populares e nos programas de universalização de acesso à eletricidade.

A ABSOLAR pede também que as Medidas Provisórias n° 1300/2025 e 1304/2025, que tratam da reforma do setor elétrico e estão atualmente em tramitação no Congresso Nacional, possam trazer soluções para sérios desafios enfrentados na geração distribuída renovável, no sentido de ampliar ainda mais a democratização da tecnologia e acelerar a transição energética sustentável. O principal gargalo são os obstáculos de conexão de pequenos sistemas de geração própria solar por parte das distribuidoras, que têm negado de forma recorrente os pedidos de novos projetos, sob alegação de inversão de fluxo de potência, sem apresentação dos estudos técnicos que comprovem tais alegações. Neste ponto, a entidade espera que a reforma traga a exigência da comprovação pela distribuidora de prejuízo à rede elétrica para ancorar essas negativas.

Outro tema que precisa ser abordado pela MP é a exclusão de qualquer tratamento discriminatório a consumidores participantes do Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE). “Mudar as regras recentemente aprovadas na Lei 14300/2022 por quase unanimidade pelo Congresso Nacional seria uma medida impopular e desalinhada com a transição energética justa e sustentável do Brasil, além de poder levar a insegurança jurídica e judicialização indesejadas para todo o setor”, diz Pedro Drumond, coordenador estadual da ABSOLAR em SP. A geração distribuída conta com amplo apoio popular e social, com pesquisas que indicam que nove em cada dez brasileiros querem gerar a própria energia limpa e renovável. "A democratização da geração própria solar amplia o protagonismo do Brasil na transição energética, atrai novos investimentos, gera muitos empregos verdes locais e de qualidade, fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e eleva a competitividade dos setores produtivos brasileiros", ressalta Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR.