Unipar investe R$ 1 bilhão em Cubatão para uma transição de baixo carbono
A Unipar apresentou dia no 15 de dezembro o projeto de modernização tecnológica na fábrica de Cubatão (SP), em um encontro que reuniu autoridades, representantes da indústria, clientes, parceiros e colaboradores. O evento simbolizou um marco na história da empresa, sendo o maior investimento já realizado pela companhia, responsável por uma transformação ambiental, social e operacional que reposiciona a Unipar entre as mais avançadas do mundo na produção de cloro e soda a partir de células de membrana. “A modernização tecnológica da fábrica da Unipar de Cubatão reforça nossa estratégia de crescimento sustentável, competitividade e compromisso com os pilares ESG. O projeto é um marco na transição para tecnologias de baixo carbono, demonstrando que o crescimento econômico, competitividade e a responsabilidade socioambiental caminham juntos”, destaca Rodrigo Cannaval, CEO da Unipar.
O investimento de mais de R$ 1 bilhão permitiu substituir integralmente as tecnologias baseadas em mercúrio e diafragma pelo uso exclusivo de células de membrana, atualmente consideradas o método mais eficiente, seguro e de menor impacto para a obtenção de cloro. Com isso, Cubatão passa a operar a maior unidade de membrana da América do Sul. “A conclusão desta etapa representa muito mais do que um investimento — é um avanço decisivo de eficiência na nossa operação. Esse projeto nos fortalece, nos deixa prontos para o futuro e reforça o nosso propósito de ser confiável e gerar valor em todas as relações, elevando nossos padrões de desempenho e sustentabilidade”, afirmou Rodrigo Cannaval, CEO da Unipar. Com a tecnologia a empresa conseguirá reduzir cerca de 70 mil toneladas de emissões de CO₂ em relação ao ano base de 2020, graças à diminuição de aproximadamente 40% no consumo específico de energia (térmica e elétrica) para produzir cada tonelada de cloro. Considerando o consumo total de energia, a redução chega a 18% na fábrica de Cubatão. A iniciativa também eliminará 150 toneladas anuais de resíduos industriais.
Além dos ganhos de eficiência, a fábrica é abastecida por energia renovável proveniente da autoprodução da companhia. Dois de seus parques de energia limpa — o Complexo Eólico Tucano (BA), com 69 MW contratados, e o Parque Solar Lar do Sol (MG), com 49 MW contratados — fornecem eletricidade para a fábrica de Cubatão, reforçando a estratégia de ampliar o uso de fontes renováveis em suas operações. Com o uso de energia eólica e solar em Cubatão, é gerado hidrogênio verde que é utilizado no processo produtivo. Este é mais um importante elemento aderente a missão de gerar valor com sustentabilidade, que está no DNA da Unipar. O projeto também amplia a competitividade da companhia ao reduzir custos fixos e variáveis, aumentar a eficiência operacional e possibilitar um incremento de até 5% na entrega de produto, sem alteração da capacidade nominal.
Com a conclusão do projeto de modernização, a fábrica atinge 100% de produção de cloro por membrana e migra de 210 mil toneladas equivalentes anuais para o método mais sustentável — um avanço alinhado à Convenção de Minamata e resultado direto do compromisso da Unipar com a eliminação de mercúrio. Durante a implementação da obra foram adotadas práticas ecoeficientes, como a reutilização de água no processo de estacas raiz — o que reduziu significativamente o consumo de água — e a utilização de formas metálicas na concretagem de blocos e fundações, diminuindo o uso de madeira e a geração de resíduos na obra. Na fase de construção e montagem, o empreendimento gerou mais de 1,2 mil empregos diretos e indiretos, impulsionando o desenvolvimento econômico da região.
Para viabilizar o projeto, a Unipar obteve, em novembro de 2024, financiamento de R$ 672,9 milhões pelo BNDES, por meio de linhas dedicadas à eficiência energética e à transição para tecnologias de baixo carbono no âmbito da Indústria Verde. Esse montante inclui recursos do Fundo Clima e do FINEM – Meio Ambiente. Além desse valor, o projeto conta ainda com um financiamento via ECA (Export Credit Agency), com a Euler Hermes, no valor de US$ 42 milhões.