Índice de saúde dos oceanos cai 7% desde 2012
Segundo dados da Ocean Health Index (https://oceanhealthindex.org/), o índice de saúde do oceano brasileiro caiu de um score 77%, em 2012, para 70% nos dias atuais. O caso é grave e o professor Paulo Horta, com programas de Pós Graduação de Oceanografia e Ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) alerta que os indicadores ecológicos, sociais e econômicos apontam para esse declínio da qualidade da água, da biodiversidade e da saúde do oceano.
Sobre o enfrentamento da crise climática e das impostas pela poluição, o professor comenta que é necessário um debate para a sociedade tomar conhecimento da urgência do fator climático, pois “temos múltiplas dependências” entre ecossistemas e comunidades, ressaltou Horta, na Rio Ocean Week, a plenária de esquenta da COP30. A perda de biodiversidade tem como consequência a ameaça a inúmeras espécies. Inclusive, Horta destaca a ameaça às frações mais vulneráveis de nossa sociedade, representada pelas camadas mais pobres da população, além de pescadores artesanais, quilombolas e povos originários.
O oceano é responsável por grande parte do oxigênio que o ser humano respira, além de ser o mais importante fator de equilíbrio no aquecimento global, pois absorve boa parte do calor e do CO2 que emitimos. Paulo Horta estará na COP 30, em Belém, onde irá defender o projeto Florestas Marinhas Para Sempre, O projeto é uma iniciativa de estudiosos de universidades da América Latina, além de algumas instituições europeias. O projeto visa criar políticas públicas a partir de pesquisas, para que sejam restauradas e preservadas as florestas submersas, que infelizmente, estão morrendo rapidamente.