Gestão torna Ibirapuera lixo zero dois anos e meio antes do previsto
A gestora do Parque Ibirapuera, a Urbia, em parceria com a Braskem antecipou em dois anos e meio a meta de tornar o local um Parque lixo zero. Isto foi possível graças ao gerenciamento adequado dos resíduos gerados pelo público que frequenta o espaço. Na segunda etapa do projeto está prevista a inclusão do lixo gerado nos eventos de terceiros e equipamentos fora da concessão.
O Ibira lixo zero faz parte da iniciativa que visa incentivar a coleta de materiais recicláveis no parque e dar o destino adequado aos resíduos e, desta forma, otimizar a reciclagem, além de colaborar com a conscientização ambiental dos visitantes. O parque já coletou mais de 380 toneladas de resíduos, dentre materiais recicláveis (vidro, plástico, metal, papel e eletrônico) e coco verde não destinados para aterro. Esse montante pode ser comparado a uma frota de 322 carros populares. Na divisão dos resíduos por classificação foram coletadas 173 toneladas de recicláveis e 212 toneladas de coco.
O projeto contempla ainda otras formas de reuso, como como a geração de adubo, que utiliza resíduos orgânicos, e aproveita o coco verde vendido e consumido no parque. O processo de triagem e trituração das podas e vegetações do parque gera uma biomassa que se torna um recurso de energia renovável. Além disso, os rejeitos vindos do parque podem ser utilizados como fonte alternativa de energia nos fornos de produção de cimento. Desde o início da gestão Urbia já foram coletadas 10.747 toneladas de resíduos - recicláveis e não recicláveis. Do total, 63,7% são cocos, 29,9% são resíduos orgânicos, 4,8% é vegetação e 1,6% são recicláveis, volume que equivale a 72 baleias azuis adultas, mamíferos que podem chegar até 30 metros de comprimento. Essa quantidade de resíduos também pode ser comparada a uma frota de 59 aviões de passageiros amontoados, com mais de 70 metros de comprimento.
Além da coleta de resíduos, o Ibirapuera ganhou também uma nova Central de Reciclagem (Portão 3), com estrutura, sinalização e placas indicativas, móveis e cenografia produzidos com material feito a partir de plástico reciclado. Mais de 2,5 toneladas de plástico pós-consumo originárias de grandes indústrias foram reaproveitadas.
A Central foi totalmente requalificada e receberá visitas de escolas, além de desenvolver atividades educativas ambientais. Dentre as melhorias na infraestrutura, estão a instalação de tenda nova, mesa separadora, caçambas para armazenamento de resíduos e uma horta com 18 tipos de plantas. De acordo com Fabiana Quiroga, diretora de Economia Circular da Braskem, a Central de Reciclagem otimiza o processo de gerenciamento dos resíduos. “Ter uma estrutura como essa dentro no parque permite que a triagem aconteça de forma mais rápida e, consequentemente, diminua a possibilidade de contaminação do resíduo, melhorando o seu aproveitamento”, explica a executiva.
A Central faz parte do projeto Eco 360 do Parque Ibirapuera, e representa um dos passos para o cumprimento do Plano de Gerenciamento de Resíduos do Parque. Todos os resíduos recicláveis coletados no Parque são separados para destinação adequada para retornarem à cadeia produtiva como matéria-prima. Para incentivar o descarte consciente de materiais recicláveis dos usuários já foram instalados coletores digitais e analógicos. Com o descarte correto nas lixeiras digitais, uma série de benefícios como descontos serão disponibilizados aos usuários por meio de um sistema de cashback. Promover a conscientização em relação ao consumo e ao descarte adequado de resíduos é parte importante da estratégia de sustentabilidade da Braskem. Para Samuel Lloyd, diretor Comercial da Urbia, a empresa trabalha ininterruptamente e investe em ações de conscientização para que o Parque Ibirapuera seja um espaço cada vez mais sustentável. “Nosso objetivo é agir sempre em prol do meio ambiente aliado às questões socioambientais”, afirma.