Instituído desde 2007, o dia 5 de setembro é conhecido como Dia da Amazônia e tem como objetivo voltar à atenção da população para uma das maiores reservas naturais do planeta. O bioma tem sofrido nos últimos anos com o desmatamento, grilagem, queimadas e falta e de retrocessos de políticas ambientais.
O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgou novos dados de registros de fogo no bioma que confirmam que os números de focos aumentaram nos últimos quatro anos. Apenas em agosto de 2022 foram registrados 33.116 focos de queimadas, maior valor registrado no mês desde 2010, e que supera até o "Dia do Fogo" (28.060 focos) de 2019. Entre o início de janeiro e o fim de agosto deste ano, o bioma já acumula mais de 46 mil focos. Nos sete primeiros meses de 2022, a Amazônia registrou 5.463,2 km² de desmatamento – área equivalente a quase quatro vezes a cidade de São Paulo, o que representa um aumento de 7,1% em relação ao mesmo período de 2021. Esse também é o maior valor acumulado entre os sete primeiros meses do ano nos últimos seis anos.
A floresta amazônica, entre outras coisas, possibilita a geração de energia e o fornecimento de água nas cidades, a formulação de remédios e também é responsável pela qualidade do ar e pela regulação do clima. Sem contar o papel na cadeia produtiva, fundamental para garantir a alimentação de parte dos brasileiros.
Em parceria com o FGVces (Centro de Estudos em Sustentabilidade da Escola de Administração da Fundação Getulio Vargas de São Paulo), O WWF-Brasil desenvolveu estudo que mapeia os desafios para o financiamento da infraestrutura sustentável na Amazônia, com o objetivo de fomentar a bioeconomia da região e proporcionar riqueza com proteção socioambiental. A Amazônia precisa de apoio para realizar mais projetos que desenvolvam a região sem prejudicar a natureza no processo, transformando diretamente a vida de milhares de pessoas, além de também salvar o planeta.